Atração...

Alguém já prestou atenção em quanta coisa boa uma monografia pode atrair?
Não falo de prêmios acadêmicos, bolsas de estudo ou coisa do gênero.
Refiro-me ao fato de ter uma monografia para produzir. É exatamente proporcional à quantidade de bons programas que surgem na agenda...

A vida pode ser um marasmo, um tédio, um saco. Basta alguém determinar a data de entrega da monografia e as coisas surgem aos pampas.
Começo a pensar que é uma questão pessoal, porque na minha graduação em Jornalismo foi exatamente igual. No fim das contas, tive que mobilizar meio mundo para que um trabalho de seis meses acontecesse em duas semanas. Só porque eu ocupei todo meu tempo fazendo coisas legais, e trabalhando também.

Orientador ajudando de madrugada, colegas socorrendo pra sempre, gráficas imprimindo páginas sob ameaças, madrugadas de olhos esbugalhados, refeições nunca mais, livros soterrando gente e um quarto mais perigoso que uma mina em tempos de guerra. E foi assim por duas semanas. E deu certo... sempre deu... durante a faculdade inteira e na mono também!

Agora, na pós-graduação, a maldição se repete. O prazo já está determinado, o orientador designado, o tema escolhido e a agenda cheia de excelentes programas.

Será que vai dar certo??? De novo???

Lá, no horizonte...

Ela olhava para o horizonte na certeza de que tudo estaria lá
Viajava na memória daquele tempo que já se foi

Não enxergava nada naquele vazio de lembrança
E a lágrima lhe fazia companhia todas as noites

Era tão triste viver na saudade
Mas ela tinha certeza que tudo estaria lá, no horizonte

Do epa...

O que é o que é:
Suja os dedos das mãos com tinta preta – todos os dez, paga duas taxas por um único serviço e aguarda 30 dias???

Resposta:
2ª Via da Carteira de Identidade

Preciso que alguém me explique como é possível – a essas alturas do campeonato – ter que pintar os dedos para fazer um documento. Confesso que fiquei chocada!

Eu sei que já existe o método digital para confecção da Carteira de Identidade. Mas, claro que aqui no meu Município não né! Sou do interior, afinal...

Mas, ainda assim. Aqui temos internet banda larga, temos importantes indústrias, tropeçamos em lacticínios e malhas, temos rádio e jornais, conhecemos avião, temos várias modernidades... Precisava, então, a moça passar o rodo preto nos meus dedos???

Pior que isso, ela anotou meus dados. Sim, anotou – do verbo anotar, escrever com a mão. Alguém aí ainda sabe como se segura uma caneta??? Eu morreria de cãibra, tendinite ou coisa do tipo...

Ainda bem que o documento demora 30 dias para vir. Quem sabe até lá já tenha tirado a tinta preta dos dedos...

\o/ \o/ Vivas à organização \o/ \o/

Não sou exatamente o tipo de pessoa neurótica, mas gosto de organização, coisas no lugar, cada macaco no seu galho e assim por diante...
Aprecio saber o endereço de cada pertence meu, a prateleira de cada roupa, a gaveta de cada documento, a data dos trabalhos – ainda que sejam entregues com atraso.

Preciso saber das minhas coisas, todas elas.

Não fico histérica com o caos, com atrasos, com adiamentos ou esquecimentos. Mas, não suporto que objetos desapareçam, que alguém desfaça minha organização e assim por diante.
Quando acontece dou umas boas bufadas e fica tudo bem – eu relaxo...

Por exemplo, sou a favor de organizar as calçadas, assim como o trânsito...
De um lado vai, de outro vem. O que não pode acontecer é este pessoal da melhor idade passear sempre na mão-única e viver atravancando meu caminho.

Não que eu viva em uma metrópole, mas ando a mais de 1km/h e quase colidi com duas senhouras na calçada hoje.

Elas desorganizaram meu caminho...
Dei umas bufadas, elas saíram da frente e eu relaxei – ficou tudo bem...

Eis que no trânsito das calçadas, bufadas são buzinas nos ouvidos da melhor idade...